Autor Tópico: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*  (Lida 1726 vezes)

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fraty

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[CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« em: 25 de Abril de 2015, 20:04 »
Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*:guit:




:info:

Interprete : Fausto
Album : Pró que der e vier
Ano : 1974 - 1996
Género : Intervenção
Ficheiros : 11
Codificação : MP3
Velocidade de Bits : 320
Qualidade : Boa
Extras : Sim


:tracklist:

01 - Daqui Desta Lisboa
02 - É Tão Difícil
03 - Carta De Paris
04 - Não Canto Porque Sonho
05 - Venha Cá Sr - Burguês
06 - P'ró Que Der E Vier
07 - Marcolino
08 - O Patrão E Nós
09 - Comboio Malandro
10 - O Homem E A Burla
11 - A Flóber


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:musica:




:download:


 

:lu:

:notasdicas:

As palavras fui as buscar ao Senhor Rato em ratosreturn (O seu a seu dono),que nos dão mais informação àcerca deste trabalho e do seu criador fausto bordalo dias.

Contemporâneo de “À Queima Roupa” de Sérgio Godinho,este segundo album de Fausto é de igual modo um trabalho concebido antes de Abril de 1974 e editado já com a Revolução em curso. Gravado no país vizinho, em Madrid, “Pró Que Der e Vier” inclui temas de grandes poetas portugueses, como Eugénio de Andrade e Mário Henrique Leiria e tem acompanhamento vocal de Adriano Correia de Oliveira, José Afonso e Vitorino, que tem aqui o seu primeiro registo sonoro em disco. Na parte instrumental, e para lá do próprio Fausto, registe-se a presença de Júlio Pereira e de vários músicos espanhóis, que conferem ao album um som de grande qualidade sonora, onde se encontram bem patentes as raízes africanas de Fausto, adquiridas durante a infância e a adolescência em terras angolanas.
Com efeito, Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, nasceu a 26 de Novembro de 1948 em pleno Oceano Atlântico, a bordo do navio Pátria que transportava os seus pais para a antiga colónia portuguesa. Por muitos considerado o mais importante compositor vivo da música popular portuguesa, Fausto teve um início de carreira recheado de indecisões. Já em Portugal, frequenta o Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU), e é em plena vida académica que grava o primeiro album, “Fausto” (1969), de onde é extraído para single o tema “Chora amigo chora”. O disco ganha o prémio "Revelação" do programa Página Um da RR. Antes desse início de carreira a solo tinha pertencido um ano antes a grupo pop chamado “Os Rebeldes”.
Em declarações proferidas à revista Flama em 1970, Fausto hesita ainda na continuidade do trabalho musical: «nunca acreditei muito na minha voz, nem ainda hoje acredito. Já pensei várias vezes na data em que vou largar "isto". (...) Dizem-me que devo continuar, mas não sei bem se será até no próximo mês de Junho que porei o ponto final. Depois, cantarei apenas para os amigos e para mim próprio.» A realidade dos factos e dos anos encarregou-se de desfazer as dúvidas do então jovem estudante. Eleito presidente da direcção da Associação dos Estudantes do ISCSPU, Fausto viu o seu nome não ser homologado no cargo pelo Ministério da Educação, em consequência de um certo comprometimento político da sua actividade musical. E, como castigo, é chamado a cumprir o serviço militar, embora possuísse todas as condições para ter um adiamento. Em resultado, Fausto recusa-se a comparecer no quartel e é considerado refractário. É obrigado, por esta razão, a suspender os estudos universitários, permanecendo no entanto clandestinamente no País.Entretanto conhece Manuel Freire que o apresenta a Adriano Correia de Oliveira e este, por sua vez, a José Afonso. É deste modo que se inicia a sua aproximação ao movimento renovador da canção portuguesa que, para além dos nomes citados tem ainda em Luís Cília, Vieira da Silva, José Mário Branco ou Sérgio Godinho as maiores referências daquela época. Os espectáculos ao vivo sucedem-se um pouco por todo o lado, quer em Portugal quer no estrangeiro (Espanha, França, Inglaterra e Alemanha tornam-se destinos de inúmeras actuações). Após o eclodir da Revolução de Abril desenvolve com todos os outros uma intensa actividade política e cultural por todo o País, iniciando também uma nova faceta, a de produtor e arranjador musical através de colaborações constantes em trabalhos alheios. É ainda um dos membros fundadores do GAC – Grupo de Acção Cultural, do qual se separa no ano seguinte.
« Última modificação: 04 de Outubro de 2016, 22:55 por fraty »

JorgeFMF

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #1 em: 26 de Abril de 2015, 11:45 »
Muito bom! :D

Deste, toda a gente ainda se lembra... :pensa:

-Muito obrigado! :,ju :cerveja:

creuzebek

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #2 em: 29 de Setembro de 2016, 21:34 »
Boas. O link está off. Agradecia novo link. Obrigado.

fraty

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #3 em: 04 de Outubro de 2016, 22:56 »
Boas. O link está off. Agradecia novo link. Obrigado.
Já lá está.
1 abraço.

mistermoonblood

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #4 em: 06 de Agosto de 2018, 11:31 »
 ;D

zenotelhado

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #5 em: 02 de Dezembro de 2018, 13:29 »
 :D

sixfeet

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #6 em: 06 de Setembro de 2019, 22:27 »
 :choque:

rochacrimson

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #7 em: 10 de Junho de 2021, 20:18 »
Muito bom!!!
Obrigado!

golfinho22

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Re: [CD] Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*
« Responder #8 em: 02 de Janeiro de 2023, 08:27 »
 :obrigado:
Fausto - Pró que der e vier (1974 - 1996) *fraty*:guit:




:info:

Interprete : Fausto
Album : Pró que der e vier
Ano : 1974 - 1996
Género : Intervenção
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01 - Daqui Desta Lisboa
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As palavras fui as buscar ao Senhor Rato em ratosreturn (O seu a seu dono),que nos dão mais informação àcerca deste trabalho e do seu criador fausto bordalo dias.

Contemporâneo de “À Queima Roupa” de Sérgio Godinho,este segundo album de Fausto é de igual modo um trabalho concebido antes de Abril de 1974 e editado já com a Revolução em curso. Gravado no país vizinho, em Madrid, “Pró Que Der e Vier” inclui temas de grandes poetas portugueses, como Eugénio de Andrade e Mário Henrique Leiria e tem acompanhamento vocal de Adriano Correia de Oliveira, José Afonso e Vitorino, que tem aqui o seu primeiro registo sonoro em disco. Na parte instrumental, e para lá do próprio Fausto, registe-se a presença de Júlio Pereira e de vários músicos espanhóis, que conferem ao album um som de grande qualidade sonora, onde se encontram bem patentes as raízes africanas de Fausto, adquiridas durante a infância e a adolescência em terras angolanas.
Com efeito, Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias, nasceu a 26 de Novembro de 1948 em pleno Oceano Atlântico, a bordo do navio Pátria que transportava os seus pais para a antiga colónia portuguesa. Por muitos considerado o mais importante compositor vivo da música popular portuguesa, Fausto teve um início de carreira recheado de indecisões. Já em Portugal, frequenta o Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU), e é em plena vida académica que grava o primeiro album, “Fausto” (1969), de onde é extraído para single o tema “Chora amigo chora”. O disco ganha o prémio "Revelação" do programa Página Um da RR. Antes desse início de carreira a solo tinha pertencido um ano antes a grupo pop chamado “Os Rebeldes”.
Em declarações proferidas à revista Flama em 1970, Fausto hesita ainda na continuidade do trabalho musical: «nunca acreditei muito na minha voz, nem ainda hoje acredito. Já pensei várias vezes na data em que vou largar "isto". (...) Dizem-me que devo continuar, mas não sei bem se será até no próximo mês de Junho que porei o ponto final. Depois, cantarei apenas para os amigos e para mim próprio.» A realidade dos factos e dos anos encarregou-se de desfazer as dúvidas do então jovem estudante. Eleito presidente da direcção da Associação dos Estudantes do ISCSPU, Fausto viu o seu nome não ser homologado no cargo pelo Ministério da Educação, em consequência de um certo comprometimento político da sua actividade musical. E, como castigo, é chamado a cumprir o serviço militar, embora possuísse todas as condições para ter um adiamento. Em resultado, Fausto recusa-se a comparecer no quartel e é considerado refractário. É obrigado, por esta razão, a suspender os estudos universitários, permanecendo no entanto clandestinamente no País.Entretanto conhece Manuel Freire que o apresenta a Adriano Correia de Oliveira e este, por sua vez, a José Afonso. É deste modo que se inicia a sua aproximação ao movimento renovador da canção portuguesa que, para além dos nomes citados tem ainda em Luís Cília, Vieira da Silva, José Mário Branco ou Sérgio Godinho as maiores referências daquela época. Os espectáculos ao vivo sucedem-se um pouco por todo o lado, quer em Portugal quer no estrangeiro (Espanha, França, Inglaterra e Alemanha tornam-se destinos de inúmeras actuações). Após o eclodir da Revolução de Abril desenvolve com todos os outros uma intensa actividade política e cultural por todo o País, iniciando também uma nova faceta, a de produtor e arranjador musical através de colaborações constantes em trabalhos alheios. É ainda um dos membros fundadores do GAC – Grupo de Acção Cultural, do qual se separa no ano seguinte.