Alice (2005) *fraty*![Categoria Música :guit:](https://osreformados.com/Smileys/default/guitarra2.png)
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Album : Alice (Banda Sonora original)
Interprete : Bernardo sassetti
Acompanhantes : Rui Rosa (clarinete),Yuri Daniel (Contrabaixo)
Ano : 2005
Género : Jazz\Banda Sonora Original
Ficheiros : 15
Codificação : MP3
Velocidade de Bits : 320
Qualidade : Boa
Extras : Sim
![Lista das músicas :tracklist:](https://osreformados.com/Smileys/default/tracklist.png)
Capitulo I
01 - Prólogo,Hoje
02 - Passagem pela cidade (Parte I)
03 - Passagem pela cidade (Parte II)
04 - Passagem pela cidade (Parte III)
05 - Passagem pela cidade (Parte IV)
06 - Movimentos invisíveis
Capitulo II
07 - Noite (Parte I)
08 - Noite (Parte II)
09 - Interlúdo,Ontem
10 - Noite (Parte III)
11 - Noite (Parte IV)
12 - Noite (Parte V)
Capitulo III
13 - À espera de Alice
14 - Indiferença
15 - Epilogo,Amanhã
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As palavras são do Diogo Lopez (o seu a seu dono).
Pontilhados de amor, melancolia, paixão ou esperança fluem no ar. Pontas dos dedos libertam gotas de chuva que respinga no chão com uma musicalidade gloriosa. Subimos, descemos. Explodimos e encolhemos. Soltam-se, de quando em quando, lágrimas furtivas que são espelho de uma alma magoada. E os olhos choram. As mãos choram. Todo o corpo chora numa efervescência de sentimentos que tenho escondido em mim ou que nem sequer sabia que eles me habitavam. Cada nota um beliscão na alma. Pura magia musical. A emoção reina. E sinto-me minúsculo. Estantes e paredes levantam voo à minha volta, fechando-me nos meus terrores e nos meus sonos. Mas há luz. Há propósito em tudo isto. Isto purifica-me. As mesmas gotas que caem levam consigo o medo, a insegurança. Limpam uma alma suja de pensamentos maus e obsessivos. Solta os grilhões de uma mente eternamente apaixonada e torna-a forte.
Os baixos vibram, ecoam no meu crânio. Cada dedilhar faz saltar imagens de ti. Do que quero de nós. E o piano vem de novo. Agarro-me firme. Tento não afogar-me na onda escura que vem do Steinway. Nenhum náufrago alguma vez passou por isto. Nenhuma força foi alguma vez tão grande quanto esta que me quer atirar. Mas mantenho-me firme. Os músculos dos meus braços começam a rasgar, mas mantenho-me firme. Estóico. Está na altura de pegar no ferro em brasa sem gemer. E vou conseguindo. As ondas começam a acalmar, já começo a sentir peixes pelas minhas fracas pernas. A bonança está a chegar. Sobrevivo a este tufão de emoções mais forte, mais seguro. Sei quem sou, sei quem quero.
Abro os olhos, a luz quente que trespassa o estore estragado seca-me o rosto e dá o mote para o futuro que vou tornar glorioso. O peito acalma-se. Respiro de novo. A faixa acaba, Alice descansa e Sassetti também. Levanto-me e sigo o meu caminho. Obrigado Bernardo.